A expansão da piscicultura na Amazônia pode reduzir consideravelmente a pressão do desmatamento impulsionado pela pecuária, ao mesmo tempo que oferece aos consumidores regionais e nacionais uma fonte de proteína saudável, de baixa emissão de carbono e alta eficiência no uso da terra. A criação de peixes oferece aos bovinocultores e demais produtores rurais, assim como para agricultores familiares, uma forma de diversificação de renda e/ou garantia de segurança alimentar, utilizando até 30 vezes menos terra e emitindo apenas 3 a 5% do carbono da produção de uma quantidade equivalente de carne bovina. O pescado está profundamente enraizado nas tradições culinárias da Amazônia e é a forma de proteína animal mais comercializada globalmente, com a demanda crescendo mais rapidamente do que da carne bovina. A produção atual da piscicultura na Amazônia (8% da produção de carne bovina) já reduziu em 38.000 km2 a demanda por novos desmatamentos—e poderá reduzir ainda mais se as medidas adequadas forem tomadas agora.